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REGENTES DO ANO DE 2026: CUMPRA-SE A LEI!

  • Foto do escritor: Luiz de Miranda
    Luiz de Miranda
  • há 34 minutos
  • 4 min de leitura

Filho de Ogum, incorporado

Passado o ano da regência de Xangô, onde tudo foi medido e pesado, e a sentença foi dada, entraremos no ano do cumprimento dessa sentença, fazendo valher o velho ditado: a semeadura é livre, mas a colheira é obrigatória. Portanto, quem deve, tem que pagar: essa é a Lei de Ogum!

Ogum é o Orixá que sabe onde mora a verdade e a lei, e aplica a sentença aos que de fato, a merecem. Ogum é amigo do povo, de quem trabalha duro.

A ordem e a disciplina são os pilares deste Orixá. Ele sabe quem é quem, e não mede esforços para ajudar aos menos favorecidos e injustiçados. Ogum é amigo de quem diz a verdade e não engana seu povo. Ogum abre caminhos, protege das demandas e executa a lei e a ordem.

Portanto, o ano de 2026 será um ano muito propício para terminar algo que começou. Ano para investir em novos projetos com consciência, conhecimento e responsabilidade. É o ano onde cada coisa vai ser colocada onde tem que estar. Depois de vivenciar o caos de 2025, agora é chegado o tempo da ordem e disciplina. Ogum não gosta da procrastinação, pois Ele é o Orixá do movimento. Exatamente por isso, teremos um ano de muito movimento nos campos da política, dos empreendimentos, da agricultura e pecuária. lembrando que Ogum é o Senhor da tecnologia, do progresso em todos os seus aspectos. Sendo assim, para se garantir um bom ano, invista naquilo que você conhece e domina. Não se permita a ir atrás de falsas promessas de dinheiro e lucro fácil.


Filhas de Iansã incorporadas na Umbanda

Iansã, apesar de ter regido o ano de 2025, continuará sua atuação no próximo ano. É Ela quem vem ao lado de Ogum, para sustentar o movimento, influenciando as pessoas a organizarem seus projetos e investimentos no ano de 2026.

Iansã é quem traz os ventos que limpa os caminhos, para que a verdade apareça. Neste ano, essa força será ainda mais intensa, para que nada fique escondido aos olhos da verdade e da justiça.

Ao lado de Ogum, a Rainha da Umbanda traz o poder do fogo que forja a espada para que a lei e a ordem se instale. Iansã age com foco e direção, Ela sabe por onde vai passar e o que precisa ser retirado desses lugares. Também reconhecida e respeitada pelo seu senso de justiça, a Senhora das tempestades estará plena neste ano, reinando com toda sua força, para que a mentira não encontre passagem nas vidas das pessoas de bem. Pra Iansã, não há meio termo, é tudo ou nada. Então, as pessoas que desejam mudar suas vidas, deixe Iansã passar, e não se assustem com aquilo que por ventura Ela possa tirar. Pois só assim, a mudança acontece e a prosperidade prevalece. O que é ruim, tem que ir embora, para o que é bom poder ficar.


Filhos incorporados com Oxosse, na Umbanda

Oxóssi, o Senhor das Matas, é quem vem como terceiro Orixá regente de 2026. É Ele quem garantirá o sustento, instigará a busca pelo conhecimento, trará oportunidades para quem deseja se aprimorar na área da educação, científica e meio ambiente. O Grande Caçador nos fala sobre a paciência, a observação e o foco no objetivo desejado, para que se tenha êxito na conquista.

Oxóssi não se apressa, Ele observa, planeja e com absoluta certeza, atira sua flecha. Logo, será um ano que pedirá atitude com conhecimento de causa. Nada de apostar em coisas que não se domina ou conhece. Para ser um bom caçador, há de se aprender o dom da paciência e observação.

Oxóssi gosta da mesa farta, de conversas inteligentes, de gente que preza pela higiene pessoal, que aprecia o belo. Oxóssi é também contemplador, aquele que admira as obras de arte, os artesanatos, a música, os poemas, e tudo que envolva criatividade e talento. Assim sendo, apesar de 2026 vir a ser um ano de muito movimento, teremos bons períodos de contemplação e admiração. Viver momentos de descontração, faz bem a quem busca equilíbrio e sucesso em seus investimentos. Olhe pras coisas à sua volta com o olhar de um grande caçador, observando, você vai saber a hora certa de investir e no que investir.

E, lembre-se: "o conhecimento liberta". Não à toa, Oxóssi é livre!


Cores do ano: azul esverdeado (a união de Ogum e Oxóssi para um ano de equilíbrio e atitudes precisas.) Vermelho forte (o poder do fogo de Iansã: determinação. E, a coragem de Ogum). Laranja ( a cor da alegria e entusiasmo).

A pedra do ano: água marinha, a pedra da clareza mental, da serenidade, autoconfiança, tolerância e paciência. Como prepará-la: lave em água corrente por alguns segundos, mentalizando as energias negativas escorrendo rala a baixo. Coloque a pedra em um copo com aguá e deixe à luz da lua cheia (de preferência). No dia seguinte, enxugue e mantenha sempre próxima a você.


Oração do ano:

Abro meu coração e as portas da minha vida para receber o que há de bom e melhor, pois tenho Ogum em minha companhia!

Meus sentimentos e emoções são dirigidos para meu progresso espiritual e material, é Iansã quem me livra de todo mal!

Meus pensamentos me levam aos caminhos da prosperidade, pois com Oxóssi aprendo a caçar e trazer a caça!

Só o bem me alcança!

SUA FÉ É RESPEITADA?

          No ano de 1990, meses antes de perder sua irmã de 29 anos de idade para um adenocarcinoma no mediastino, o Pai no Santo passa por uma experiência extremamente desagradável e revoltante, que bem retrata o racismo religioso no Brasil. Isso aconteceu no Iaserj, um hospital para os servidores do Estado do Rio de Janeiro. Era por volta das dezesseis horas. Enquanto acompanhante da irmã, ele decide ir tomar café num bar próximo ao hospital e retorna vinte minutos depois. Tempo que foi suficiente para um pastor entrar no quarto e oferecer uma oração. Voltando então do seu café, ele encontra a irmã que já vinha extremamente debilitada por conta da doença, agora, com semblante ainda mais triste e constrangido. Ele então procura levar palavras de consolo e ânimo, ao que ela responde: “_ Meu irmão, por favor, não quero que esse tipo de religioso venha fazer oração pra mim.” Ele de imediato, pergunta:  “_ O que houve?” Ela então relata o ocorrido: “_ Quando você saiu para tomar seu café, um homem de terno se apresentou como pastor da igreja universal e me perguntou se podia fazer uma oração pra mim, Como ele parecia ser uma boa pessoa e foi muito educado, eu disse que sim. Ele fez a oração, pediu pela minha saúde, e em seguida me perguntou se eu aceitava Jesus Cristo como salvador, e eu respondi que sim. Ele então disse que a partir daquele momento eu estava curada. Só que ele então perguntou qual era minha religião, o que eu respondi, que era espírita. Então ele me disse que eu teria que renegar minha religião. Eu disse que não, jamais iria renegar minha fé. Daí ele falou que infelizmente o câncer voltaria e me levaria pros braços da morte. Eu disse a ele que preferia morrer, a ter que conviver com cristãos como ele. Não quero irmão, não quero esse tipo de gente fazendo oração pra mim.”

            Em outra ocasião, anos depois, o racismo e a intolerância religiosa voltam a atacar o Pai no Santo. Dessa vez, no Hospital Regional Darci Vargas, em Rio Bonito. Indo visitar um Filho de Santo na Unidade Intensiva, o Pai no Santo se depara com uma senhora que estava ao lado do leito de seu filho perguntando se podia fazer uma oração. Como o doente estava sob efeito de fortes medicamentos, não tinha condições de responder; o que fez com que a mulher iniciasse a sua oração. Em voz alta e de tom feroz, ela dizia: “ _ Em nome do Senhor Jesus eu expulso os demônios de Pombagira, Exu, Ogum e todos os demônios dos tambores, das encruzilhadas... .” quando então foi interrompida pelo Pai de Santo; gerando na mulher um comportamento agressivo e ameaçador. Dizia ela, agora em tom mais elevado de voz: “_ Você não pode querer calar a voz de uma ministra de Deus. Seus demônios serão jogados por terra... .” quando então o Pai no Santo pediu ao funcionário responsável pela vigilância da Unidade, que retirasse a mulher do ambiente. No que foi prontamente atendido.

            Esses são dois exemplos dos milhares de outros que acontecem todos os dias, atingindo seguidores das religiões de matriz afro-brasileira. E não é à toa, afinal, não faltam umbandistas que se silenciam diante de tais fatos, e como se não bastasse o silêncio, ainda permitem que seguidores de outras religiões lhes imponham sua fé como sendo superior as demais.

            O Umbandista de fato, sabe sua origem, conhece seus Santos, suas rezas, seus cantos e louvores. Não é de hoje que a Umbanda se livrou do peso do sincretismo, dos santos que nunca foram seus, dos ritos e rituais que nunca lhes pertenceram. O Umbandista de fato, sabe a quem recorrer nas horas de aflição e desespero, e não precisa que outro religioso venha em seu socorro para rezar ou orar. Sim, não precisa! Sabe por quê? Porque o Umbandista sabe que aquela pessoa não está oferecendo uma oração para aliviar teu sofrimento. De forma dissimulada, ela quer que o Umbandista negue sua religiosidade, abandone seus Guias e Orixás. Como pode uma pessoa que frequentemente está na igreja ouvindo e dando glórias a voz de um padre ou pastor, e que não mede palavras para demonizar a Umbanda, orar por quem é Umbandista? De que vale uma oração que sai da mesma boca que chama nossos Santos de demônios?

            O Umbandista de fato, sabe o poder de seus Santos, o sangue que derramaram, o suor sofrido e causticante ardendo na pele preta, o fogo impiedoso das fogueiras da inquisição, a lâmina cortante e afiada das guilhotinas. O Umbandista de fato, sabe que seus ancestrais e antepassados morreram para garantir a liberdade aos seus  descendentes. Trazidos à força e amontoados nos navios negreiros, chegam ao Brasil e são obrigados a se batizarem do lado de fora das Igrejas, porque de acordo com as interpretações bíblicas, o preto era um ser sem alma, amaldiçoado...

            Quando um Umbandista respeita outras manifestações religiosas, não quer dizer que ele tenha que se subjugar. Os Santos da Umbanda também têm suas histórias, sua cultura, suas bênçãos e seus poderes.

            Seu Orixá está vivo e pulsante em você. Não deixe que o matem!

                                                                                                   (Luiz de Miranda-Pai no Santo)

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