top of page

ERVAS E FOLHAS CONSAGRADAS A IANSÃ

Foto do escritor: Luiz de MirandaLuiz de Miranda

Pé de onze horas com suas flores

Onze Horas (não confundir com beldroega) usada para banhos de limpeza e sacudimentos. Não é aconselhável para amacis.






Pé de jequitibá rosa com flores

Jequitibá rosa: tanto as flores como as cascas são usadas em amacis, limpeza de otás e guias. Planta de grande fundamento nos rituais para Iansã.












folha da planta embaúba

Embaúba ou Umbaúba: usada em banhos de descarrego e sacudimentos. Folha com o poder de afastar energias negativas e trazer alegria para as pessoas e o ambiente.




folhas de bambu

Folhas de bambu: traz vigor e boa disposição. Afasta espíritos obsessores. Usada em banhos e limpeza de guias e otás.





folhas e frutos do cambucá

Cambucá: com suas folhas prepara-se amacis, banhos de proteção, limpeza de guias e otás.

Suas frutas fazem parte das oferendas a Iansã entregues.





lado avesso da folha do cipó prata

Erva Prata: folha indispensável no amaci dos filhos e filhas de Iansã. Erva de grande poder para fortalecer o ori e afastar inveja e falsidade.









folhas e flores de para raio

Para raio: erva de defesa e proteção. Usada em amacis, lavagens de guias e otás.










Espada de Santa Bárbara plantada em vaso

Espada de Santa Bárbara: seus banhos proporcionam equilíbrio e direcionamento, afastando energias negativas e desânimo.

Usada em banhos, amacis e lavagem de guias e otás.













Pé de peregum vermelho (dracena)

Peregum vermelho: afasta maldades, falsidades e traições. Traz harmonia e paz. Usada em amacis, lavagem de guias e otás.

O pó preparado com suas folhas secas, é usada nas Casas de Santo para afastar demandas e quiumbas.




folhas e sementes da erva de Santa Maria

Erva de Santa Maria: erva potente para limpeza de pessoas e ambientes, afastando as energias de doenças e fofocas. Excelente para trabalhos no campo amoroso.

Usa-se em amacis, lavagens de guias e otás.





romãzeira com suas folhas e frutos

Romanzeira: suas folhas são usadas em banhos para atrair prosperidade, além de defender de mau olhado e inveja. Usadas também para amacis, lavagem de guias e otás.

Seus frutos são servidos junto às oferendas.




folhas e flor da Pata de Vaca Rosa

Pata de vaca rosa: Usada em amacis, lavagem de guias e otás. Atrai vibrações de paz e serenidade. Usada em banhos para aliviar crises de ansiedade e pânico.






















227 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Yorumlar

5 üzerinden 0 yıldız
Henüz hiç puanlama yok

Puanlama ekleyin

SUA FÉ É RESPEITADA?

          No ano de 1990, meses antes de perder sua irmã de 29 anos de idade para um adenocarcinoma no mediastino, o Pai no Santo passa por uma experiência extremamente desagradável e revoltante, que bem retrata o racismo religioso no Brasil. Isso aconteceu no Iaserj, um hospital para os servidores do Estado do Rio de Janeiro. Era por volta das dezesseis horas. Enquanto acompanhante da irmã, ele decide ir tomar café num bar próximo ao hospital e retorna vinte minutos depois. Tempo que foi suficiente para um pastor entrar no quarto e oferecer uma oração. Voltando então do seu café, ele encontra a irmã que já vinha extremamente debilitada por conta da doença, agora, com semblante ainda mais triste e constrangido. Ele então procura levar palavras de consolo e ânimo, ao que ela responde: “_ Meu irmão, por favor, não quero que esse tipo de religioso venha fazer oração pra mim.” Ele de imediato, pergunta:  “_ O que houve?” Ela então relata o ocorrido: “_ Quando você saiu para tomar seu café, um homem de terno se apresentou como pastor da igreja universal e me perguntou se podia fazer uma oração pra mim, Como ele parecia ser uma boa pessoa e foi muito educado, eu disse que sim. Ele fez a oração, pediu pela minha saúde, e em seguida me perguntou se eu aceitava Jesus Cristo como salvador, e eu respondi que sim. Ele então disse que a partir daquele momento eu estava curada. Só que ele então perguntou qual era minha religião, o que eu respondi, que era espírita. Então ele me disse que eu teria que renegar minha religião. Eu disse que não, jamais iria renegar minha fé. Daí ele falou que infelizmente o câncer voltaria e me levaria pros braços da morte. Eu disse a ele que preferia morrer, a ter que conviver com cristãos como ele. Não quero irmão, não quero esse tipo de gente fazendo oração pra mim.”

            Em outra ocasião, anos depois, o racismo e a intolerância religiosa voltam a atacar o Pai no Santo. Dessa vez, no Hospital Regional Darci Vargas, em Rio Bonito. Indo visitar um Filho de Santo na Unidade Intensiva, o Pai no Santo se depara com uma senhora que estava ao lado do leito de seu filho perguntando se podia fazer uma oração. Como o doente estava sob efeito de fortes medicamentos, não tinha condições de responder; o que fez com que a mulher iniciasse a sua oração. Em voz alta e de tom feroz, ela dizia: “ _ Em nome do Senhor Jesus eu expulso os demônios de Pombagira, Exu, Ogum e todos os demônios dos tambores, das encruzilhadas... .” quando então foi interrompida pelo Pai de Santo; gerando na mulher um comportamento agressivo e ameaçador. Dizia ela, agora em tom mais elevado de voz: “_ Você não pode querer calar a voz de uma ministra de Deus. Seus demônios serão jogados por terra... .” quando então o Pai no Santo pediu ao funcionário responsável pela vigilância da Unidade, que retirasse a mulher do ambiente. No que foi prontamente atendido.

            Esses são dois exemplos dos milhares de outros que acontecem todos os dias, atingindo seguidores das religiões de matriz afro-brasileira. E não é à toa, afinal, não faltam umbandistas que se silenciam diante de tais fatos, e como se não bastasse o silêncio, ainda permitem que seguidores de outras religiões lhes imponham sua fé como sendo superior as demais.

            O Umbandista de fato, sabe sua origem, conhece seus Santos, suas rezas, seus cantos e louvores. Não é de hoje que a Umbanda se livrou do peso do sincretismo, dos santos que nunca foram seus, dos ritos e rituais que nunca lhes pertenceram. O Umbandista de fato, sabe a quem recorrer nas horas de aflição e desespero, e não precisa que outro religioso venha em seu socorro para rezar ou orar. Sim, não precisa! Sabe por quê? Porque o Umbandista sabe que aquela pessoa não está oferecendo uma oração para aliviar teu sofrimento. De forma dissimulada, ela quer que o Umbandista negue sua religiosidade, abandone seus Guias e Orixás. Como pode uma pessoa que frequentemente está na igreja ouvindo e dando glórias a voz de um padre ou pastor, e que não mede palavras para demonizar a Umbanda, orar por quem é Umbandista? De que vale uma oração que sai da mesma boca que chama nossos Santos de demônios?

            O Umbandista de fato, sabe o poder de seus Santos, o sangue que derramaram, o suor sofrido e causticante ardendo na pele preta, o fogo impiedoso das fogueiras da inquisição, a lâmina cortante e afiada das guilhotinas. O Umbandista de fato, sabe que seus ancestrais e antepassados morreram para garantir a liberdade aos seus  descendentes. Trazidos à força e amontoados nos navios negreiros, chegam ao Brasil e são obrigados a se batizarem do lado de fora das Igrejas, porque de acordo com as interpretações bíblicas, o preto era um ser sem alma, amaldiçoado...

            Quando um Umbandista respeita outras manifestações religiosas, não quer dizer que ele tenha que se subjugar. Os Santos da Umbanda também têm suas histórias, sua cultura, suas bênçãos e seus poderes.

            Seu Orixá está vivo e pulsante em você. Não deixe que o matem!

                                                                                                   (Luiz de Miranda-Pai no Santo)

  • facebook-square
  • Twitter Square
  • Google Square
bottom of page