top of page

INTUIÇÃO OU IMAGINAÇÃO?



Não raro, pessoas se sentem aflitas quando são acometidas de pensamentos que as confundem, pela dificuldade que têm em saber se é uma intuição, portanto, vinda de seus Guias e Protetores; ou uma imaginação, fruto do seu ego. De fato, não é fácil diferenciar.

Vamos tentar entender o que dificulta essa distinção: é preciso que a pessoa faça uma autoanálise, no sentido de saber se aquilo que ela está pensando é um desejo seu, uma vontade de fazer ou dizer algo e até mesmo, de não fazer. Quando alguém imagina algo, está sempre relacionado a um desejo interno, um projeto, uma expectativa, e também a traumas, medos, inseguranças.

A imaginação pode ser extremamente saudável quando o que se imagina está relacionado a um novo projeto, a uma reconciliação, a realização de algo. No entanto, pode atrapalhar e muito, quando se trata das relações sociais e do convívio familiar. Uma pessoa, por imaginar, pode acreditar que alguém não gosta dela, está fazendo algo para atrapalhar sua vida. Isso nem sempre é uma intuição, melhor dizendo, dificilmente será uma intuição. É uma imaginação, uma sensação desagradável. Os esquizofrênicos por exemplo, imaginam que tem alguém os perseguindo, ouvem vozes que são produzidas por essa imaginação, e acabam entrando em surto muitas vezes.

Imaginação está relacionada ao ego. É quando você pensa a todo momento numa determinada situação, querendo ter o controle absoluto de um fato e não consegue ver o que as outras pessoas veem, e busca a todo custo se convencer através de desculpas, que tudo tem que ser do seu jeito. O ego é parcial, alimentando sempre o que o satisfaz, desconsiderando o outro, as outras opiniões, não consegue lidar com a derrota, porque isso o faz se sentir inferior.

Já a intuição é a voz da sua essência, do seu coração; caminhos que as Entidades usam para se comunicar com você. Ela é assertiva e surge de forma súbita na mente. A intuição é involuntária, inconsciente, imparcial, um processo divino. Nunca interfere em seu livre arbítrio, está sempre voltada para o bem estar e para o que é certo a se fazer.

A imaginação e a intuição sempre soam como uma voz interior que nos levam a tomar decisões. No convívio social e/ou afetivo, saibamos distinguir uma da outra:

A intuição vem do coração.

A imaginação vem da vaidade.

A intuição diz o que se deve fazer para evitar conflitos.

A imaginação gera conflitos

A intuição é ponderada.

A imaginação é impulsiva.

E lembre-se: sua imaginação pode te levar a fazer ou desfazer grandes feitos, tudo vai depender de como está o seu coração (sentimentos), na dúvida, analise bem suas emoções, e deixe que a intuição aponte o caminho correto a seguir.

Cuidar bem do seu coração, é o melhor caminho para encontrar a intuição.

1 Yorum

5 üzerinden 0 yıldız
Henüz hiç puanlama yok

Puanlama ekleyin
rhayrasilvaoliveira
rhayrasilvaoliveira
31 Ağu 2023

🥰😍🕊️

Beğen

SUA FÉ É RESPEITADA?

          No ano de 1990, meses antes de perder sua irmã de 29 anos de idade para um adenocarcinoma no mediastino, o Pai no Santo passa por uma experiência extremamente desagradável e revoltante, que bem retrata o racismo religioso no Brasil. Isso aconteceu no Iaserj, um hospital para os servidores do Estado do Rio de Janeiro. Era por volta das dezesseis horas. Enquanto acompanhante da irmã, ele decide ir tomar café num bar próximo ao hospital e retorna vinte minutos depois. Tempo que foi suficiente para um pastor entrar no quarto e oferecer uma oração. Voltando então do seu café, ele encontra a irmã que já vinha extremamente debilitada por conta da doença, agora, com semblante ainda mais triste e constrangido. Ele então procura levar palavras de consolo e ânimo, ao que ela responde: “_ Meu irmão, por favor, não quero que esse tipo de religioso venha fazer oração pra mim.” Ele de imediato, pergunta:  “_ O que houve?” Ela então relata o ocorrido: “_ Quando você saiu para tomar seu café, um homem de terno se apresentou como pastor da igreja universal e me perguntou se podia fazer uma oração pra mim, Como ele parecia ser uma boa pessoa e foi muito educado, eu disse que sim. Ele fez a oração, pediu pela minha saúde, e em seguida me perguntou se eu aceitava Jesus Cristo como salvador, e eu respondi que sim. Ele então disse que a partir daquele momento eu estava curada. Só que ele então perguntou qual era minha religião, o que eu respondi, que era espírita. Então ele me disse que eu teria que renegar minha religião. Eu disse que não, jamais iria renegar minha fé. Daí ele falou que infelizmente o câncer voltaria e me levaria pros braços da morte. Eu disse a ele que preferia morrer, a ter que conviver com cristãos como ele. Não quero irmão, não quero esse tipo de gente fazendo oração pra mim.”

            Em outra ocasião, anos depois, o racismo e a intolerância religiosa voltam a atacar o Pai no Santo. Dessa vez, no Hospital Regional Darci Vargas, em Rio Bonito. Indo visitar um Filho de Santo na Unidade Intensiva, o Pai no Santo se depara com uma senhora que estava ao lado do leito de seu filho perguntando se podia fazer uma oração. Como o doente estava sob efeito de fortes medicamentos, não tinha condições de responder; o que fez com que a mulher iniciasse a sua oração. Em voz alta e de tom feroz, ela dizia: “ _ Em nome do Senhor Jesus eu expulso os demônios de Pombagira, Exu, Ogum e todos os demônios dos tambores, das encruzilhadas... .” quando então foi interrompida pelo Pai de Santo; gerando na mulher um comportamento agressivo e ameaçador. Dizia ela, agora em tom mais elevado de voz: “_ Você não pode querer calar a voz de uma ministra de Deus. Seus demônios serão jogados por terra... .” quando então o Pai no Santo pediu ao funcionário responsável pela vigilância da Unidade, que retirasse a mulher do ambiente. No que foi prontamente atendido.

            Esses são dois exemplos dos milhares de outros que acontecem todos os dias, atingindo seguidores das religiões de matriz afro-brasileira. E não é à toa, afinal, não faltam umbandistas que se silenciam diante de tais fatos, e como se não bastasse o silêncio, ainda permitem que seguidores de outras religiões lhes imponham sua fé como sendo superior as demais.

            O Umbandista de fato, sabe sua origem, conhece seus Santos, suas rezas, seus cantos e louvores. Não é de hoje que a Umbanda se livrou do peso do sincretismo, dos santos que nunca foram seus, dos ritos e rituais que nunca lhes pertenceram. O Umbandista de fato, sabe a quem recorrer nas horas de aflição e desespero, e não precisa que outro religioso venha em seu socorro para rezar ou orar. Sim, não precisa! Sabe por quê? Porque o Umbandista sabe que aquela pessoa não está oferecendo uma oração para aliviar teu sofrimento. De forma dissimulada, ela quer que o Umbandista negue sua religiosidade, abandone seus Guias e Orixás. Como pode uma pessoa que frequentemente está na igreja ouvindo e dando glórias a voz de um padre ou pastor, e que não mede palavras para demonizar a Umbanda, orar por quem é Umbandista? De que vale uma oração que sai da mesma boca que chama nossos Santos de demônios?

            O Umbandista de fato, sabe o poder de seus Santos, o sangue que derramaram, o suor sofrido e causticante ardendo na pele preta, o fogo impiedoso das fogueiras da inquisição, a lâmina cortante e afiada das guilhotinas. O Umbandista de fato, sabe que seus ancestrais e antepassados morreram para garantir a liberdade aos seus  descendentes. Trazidos à força e amontoados nos navios negreiros, chegam ao Brasil e são obrigados a se batizarem do lado de fora das Igrejas, porque de acordo com as interpretações bíblicas, o preto era um ser sem alma, amaldiçoado...

            Quando um Umbandista respeita outras manifestações religiosas, não quer dizer que ele tenha que se subjugar. Os Santos da Umbanda também têm suas histórias, sua cultura, suas bênçãos e seus poderes.

            Seu Orixá está vivo e pulsante em você. Não deixe que o matem!

                                                                                                   (Luiz de Miranda-Pai no Santo)

  • facebook-square
  • Twitter Square
  • Google Square
bottom of page